Aqui vai o mito grego eco e narciso:
Eco e Narciso
Pelo mito ficamos sabendo que Narciso era filho do rio Cefiso e da ninfa Liríope, nome que lembra uma flor, o Lírio. Pois bem, dessa união do rio com a flor do Lírio nasceu o jovem Narciso, considerado o mais belo dos mortais. De uma beleza nunca vista, Narciso tornou-se a paixão de todas as jovens da Grécia. Até mesmo as ninfas, divindades ligadas aos elementos da natureza e conhecidas por sua formosura, estavam irremediavelmente presas à beleza de Narciso. E, dentre estas, Eco uma jovem ninfa conhecida por sua tagarelice.
Zeus, o imortal deus do Olimpo gostava de dar suas escapadas amorosas pelo mundo dos mortais, atrás de belas jovens. Casado com a ciumenta Hera que o vigiava constantemente, pediu à ninfa Eco que distraísse sua esposa com sua conversa, enquanto ele descia à terra para mais um de seus encontros amorosos. Hera, que não era boba e conhecia o marido que tinha, percebeu a artimanha e castigou a ninfa, condenando-a a não mais falar: repetiria tão-somente os últimos sons das palavras que ouvisse.
Mas, era verão e a jovem ninfa estava apaixonada por Narciso, que partira com alguns companheiros para uma caçada nos bosques. Sem se deixar ver, Eco seguia o amado, ansiando por ele. Acariciando o amado com seu olhar, Eco perscrutava-o intensamente, como que querendo sorvê-lo aos turbilhões, tentando captar o segredo daquele sentimento, daquela paixão.
Alheio aos sentimentos despertados em Eco e tendo-se afastado dos amigos, Narciso começou a gritar por eles ouvindo em resposta o som de sua própria voz a ecoar pelas montanhas afora… A apaixonada ninfa, castigada pela Deusa Hera, não podia falar! Eco ouvia a voz de seu amado, mas não podia lhe falar e, sem a possibilidade do encontro, entristecida, sentindo-se rejeitada por Narciso, a jovem deixou de se alimentar, definhando até transformar-se em uma rocha. Capaz apenas de repetir os derradeiros sons do que ouvia. As demais ninfas, condoídas com a sorte de Eco e irritadas com o que consideravam uma insensibilidade por parte de Narciso, pediram vingança a Nêmesis. E a deusa da justiça distributiva o condenou a amar um amor impossível.
Numa tarde de verão Narciso, sedento, aproximou-se da límpida fonte de Téspias para mitigar a sede. Debruçando-se sobre o lago que formava um espelho imaculado, ele viu-se refletido nas águas e apaixonou-se pela própria imagem. Não conseguindo mais se afastar da própria imagem, morreu de inanição, tal qual a ninfa Eco. Em seu lugar foi encontrada uma delicada flor amarela, com o centro circundado de pétalas brancas. Era o Narciso.
terça-feira, 8 de junho de 2010
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